Sabe aquele livro que você só compra pela capa? Pois é…foi o caso de O Projeto Rosie. Fui a Saraiva comprar um presente para minha amiga, vi que esse estava em promoção (só R$19,90 – surtei quando vi) e decidi comprar para mim! Esse é o tipo de atitude que os bookaholics entendem, não é? Eu raramente faço isso, gosto de comprar livros indicados – seja por pessoas ou por blogs – mas algo, naquela capa, me interessou e voltei com o lindinho para casa! hahaha
Na época, eu estava passando por uma ressaca literária terrível! Não conseguia terminar de ler nada do que começava e, mesmo assim, sempre tentava pegar um livro novo para começar a leitura. Até que eu fiquei com *pasmem* seis livros incompletos na estante! E O Projeto Rosie foi um deles! Cheguei até o capítulo quatro, mas depois abandonei. Graças a Deus a ressaca acabou e eu consegui aproveitar esse fofura de livro na segunda tentativa! Semana passada comecei a ler e, a narrativa é tão boa, que acabei as 316 páginas em dois dias!!
Antes de fazer um resumo do enredo, vou explicar um pouquinho sobre a síndrome de Asperger, porque conhecer um pouco sobre ela é fundamental para entender algumas atitudes descritas no livro. Pessoas que sofrem dessa síndrome, que é uma forma branda de autismo, costumam ter dificuldades em interagir socialmente e demonstrar emoções, são muito inteligentes, além de terem dificuldades em modificar a rotina. E essas características estão bem definidas no personagem principal, Don Tillman.
Ele é um geneticista, professor universitário e pesquisador de 39 anos, bonito como Gregory Peck, especialista em aikido e caratê, musculoso e ótimo cozinheiro. Porém, só é amigo de quatro pessoas e nunca teve um relacionamento. Por isso, decide iniciar o Projeto Esposa. Ele pretende selecionar as melhores candidatas através de um questionário com perguntas como “Você come rins?”, “Você fuma?”, “Você bebe?”! E, enquanto ele avaliava as candidatas e tentava interagir com elas, ajudava Rosie com o Projeto Pai – testagem de DNA para saber quem era o verdadeiro pai dela. Ela era tudo que ele abominava: fumante, analfabeta matematicamente, vegetariana, vivia atrasada e não seguia nenhum tipo de rotina.
Ainda que o enredo seja um pouco clichê, deem uma chance ao livro! A narrativa, em 1ª pessoa e na visão de Don, é bem rápida e muito sutil. E a rotina e manias dele estão presentes ao longo de todo o livro, porém não é algo irritante. Pelo contrário, faz com que a estória seja bem engraçada em alguns pontos, já que ele não interage com outras pessoas da forma convencional.
Acredito que esse livro entrou para a lista dos meus favoritos porque foi uma leitura sem expectativas. Comprei pensando, como já tinha dito acima, “Ah, capa bonita! Espero que valha os vinte reais!”. E foi justamente com esse pensamento que comecei a ler. E assim, quase sem querer, O Projeto Rosie se tornou aquele tipo de livro que eu gostaria que todos a minha volta parassem para ler! Espero, nos próximos livros, conseguir fazer a mesma coisa.
Bom, se esses seis parágrafos ainda não te induziram a ler, isso aqui vai: LEIA JÁ!
P.S.: As informações sobre síndrome de Asperger eu tirei da Wikipédia.